COMO HAVIA PROMETIDO AQUI VAI OS GRÁFICOS DE BORDADO QUE PEGUEI NA NET PARA BORDAR NO ENXOVAL DO MEU BEBÊ QUE INFELIZMENTE NÃO VEIO AO MUNDO:
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Perda de um filho deixa casais mais propensos à separação
Além das dificuldades inerentes ao processo de perda de um filho, seja ela após a gravidez ou durante ela, o casal ainda precisa lidar com a distância que pode se instaurar na relação. Não é a toa que, segundo estudos norte-americanos, o número de divórcios entre casais que passaram pela perda de um filho chega a 80%.
De acordo com o levantamento, casais que passaram por um aborto (perda do feto até 20 semanas de gestação) tinham 22% mais chances de se separar do que aqueles que tiveram o filho. O número cresce para 40% entre casais que perderam um bebê ainda no ventre (após 20 semanas de gestação, quando é considerado natimorto) ou depois do nascimento (até o primeiro ano de vida). O estudo foi realizado pela médica Katherine Gold, da Universidade de Michigan, com mais de 3400 mulheres, e publicado no Pediatrics, jornal oficial da Academia Norte-Americana de Pediatria.
“O problema mais central é a comunicação”, afirma a psicóloga Gabriela Cassollato, do Instituto Quatro Estações, especializado no luto. Homens e mulheres têm formas distintas de expressar sua tristeza. E é nessa hora que o ruído acontece. “Em geral, os homens têm um estilo mais objetivo: diante do sofrimento, eles fazem coisas. As mulheres sentem, ficam nas emoções. O simbolismo é diferente para cada um. Quando o casal está lidando de forma oposta, o luto de um agride o luto do outro”, afirma.
Paula e Israel Mor, que perderam a filha Carolina quatro dias após o nascimento, conseguiram se reerguer e se reestruturar. Não foi fácil, mas compreensão foi a palavra chave que ajudou o casal. “A maior dificuldade para um casal que perde um filho é conseguir olhar para o outro sem que a as semelhanças físicas façam a dor aumentar. A minha própria tendência, passados os primeiros dias, era de evitar olhar para o rosto dele. E quando me dei conta, eu sabia que tinha que falar. Da mesma forma que via a nossa filha espelhada nos traços dele, ele a via espelhada nas outras tantas semelhanças entre eu e ela. Depois dessa conversa, consegui expor as minhas culpas, que até hoje não são poucas", relata.
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